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    ANTES E DEPOIS DA CIRURGIA.

    ADENOMASTECTOMIA / MASTECOMIA SUBCUTÂNEA / MASTECTOMIA PRESERVADORA DE PELE, AREÓLA E PAPILA (NIPPLE-SPARING).

    A adenomastectomia já tem sido realizada há mais de 20 anos, para casos de câncer ou “prevenção”. Esta cirurgia ficou bastante famosa após 2014, com a divulgação da cirurgia da atriz Angelina Jolie. O objetivo desta cirurgia é tornar a mama reconstruída o mais natural possível.

    Trata-se de um procedimento bastante delicado, pois existe risco de falta de irrigação sanguínea na pele e, principalmente, da papila. Afinal, a maioria dos vasos sanguíneos passava através da mama. Isso pode ocorrer em algumas pacientes e o risco aumenta caso a espessura da pele fique muito fina. Por outro lado, caso a espessura do tecido remanescente (retalho cutâneo) fique muito espessa, sobrará muito tecido mamário e a cirurgia pode ser ineficaz.

    A reconstrução mamária imediata sempre está associada e geralmente é feita com prótese de silicone ou expansor mamário.

    O preparo para a cirurgia requer jejum de 8 horas e todo medicamento utilizado na semana anterior deve ser comunicado ao médico. Obviamente, recomenda-se evitar associar tabagismo e ingestão de bebidas alcóolicas no período peri-operatório.

    A anestesia geral é a mais utilizada neste tipo de cirurgia, com uso de bloqueios locais para diminuir a dor após a cirurgia. A reconstrução mamária pode causar incômodo e medicações analgésicas sempre são prescritas após a alta.

    De modo geral, as pacientes submetidas a este procedimento ficam internadas cerca de 24 horas. Salvo exceções, as pacientes permanecem com drenos cirúrgicos por cerca de 7 dias (ou até drenar menos de 50 ml em 24 horas).

    Para maiores informações sobre o manejo dos drenos veja o vídeo:

    A paciente deve permanecer em repouso por cerca de 30 dias, mas podem ocorrer variações individuais. O repouso pós-cirúrgico é muito importante para evitar edema, sangramento (hematoma) ou acúmulo de líquido (seroma). Porém, a paciente não necessita ficar com o braço imóvel. Inclusive, a movimentação do braço ajuda a diminuir rigidez do ombro posteriormente. O que se recomenda é que se evite abrir o braço do lado operado em mais de 90° ou esforço excessivo (carregar peso, digitação excessiva, etc).

    Outro cuidado pós-operatório importante é a limpeza dos curativos ou da cicatriz. Alguns curativos devem ser trocados diariamente, mas normalmente os curativos mais duradouros são preferidos. A limpeza com água e sabonete geralmente é a melhor forma de evitar infeções de ferida cirúrgica.
    Todas as alterações no período pós-operatório devem ser comunicadas ao médico e os retornos costumam ser semanais nos primeiros dias.

    Autores:

    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
    Dr. Felipe Zerwes • Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
    Dr. Guilherme Novita • São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
    Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho • Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748
    Dr. João Henrique Penna Reis • Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791

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