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    A origem das cores advém dos fármacos utilizados no tratamento e que compõem a sigla AC-T, formada a partir da primeira letra dos nomes das drogas ou classe de drogas utilizadas: Adriamicina, Ciclofosfamida e Paclitaxel. O vermelho é atribuído a Adriamicina (Doxorrubicina), um tipo de Antraciclina e o branco ao Paclitaxel (Taxol). Esse tratamento é realizado em duas etapas. Normalmente, é iniciado por “AC”, a cada 2 ou 3 semanas, durante 4 ciclos e depois do seu término é iniciado o Paclitaxel, realizado uma vez por semana, durante 12 ciclos. Entretanto, também pode ser realizado de forma invertida (T-AC). A escolha pelo esquema “AC-T” geralmente ocorre quando é indicado fazer quimioterapia antes da cirurgia (também chamado de tratamento neoadjuvante), nos casos em que o tumor é grande em relação ao tamanho da mama da paciente, com os gânglios (linfonodos) da axila comprometidos ou no caso de tumores mais agressivos. Igualmente o esquema “AC-T” pode ser realizado após a cirurgia (chamado de tratamento adjuvante), quando o oncologista julgar necessário. Esse tratamento já é realizado há muitos anos e é muito seguro de fazer, quando conduzido por um médico com experiência. Provavelmente é o esquema mais utilizado para tratar o câncer de mama inicial (ou seja, quando não tem doença metastática), pois aumenta de maneira efetiva as chances de cura da doença. Como principais efeitos colaterais pode apresentar: queda de cabelo, imunidade baixa, náuseas, alteração da sensibilidade na ponta dos dedos, aftas e cansaço.

    O que é a medicação, quais os nomes comerciais mais frequentes e qual seu mecanismo de ação e forma de aplicação.
    A sigla AC-T, é composta pelas drogas utilizadas: Adriamicina, Ciclofosfamida e Paclitaxel.

    Adriamicina ou Doxorrubicina:

    • Pertence a classe de drogas chamadas de Antraciclina.
    • Mecanismo de ação: Liga-se ao DNA da célula impedindo a síntese de DNA, RNA e proteínas
    • O esquema “AC” é feito endovenoso e pode ser feito a cada 21 dias (convencional) ou a cada 14 dias (chamado de dose dense), para isso deve ser associado a medicações que aumentam a imunidade (Filgrastim ou Neulastim)
    • Nomes comerciais mais comuns: Fauldoxo®, Adriamicina

    Ciclofosfamida:

    • Mecanismo de ação: agente alquilante
    • É administrado junto com a Doxorrubicina
    • Nome comercial: Genuxal®

    Paclitaxel:

    • Pertence a classe de drogas chamada de Taxanos. Ela é composta pelo Paclitaxel e Docetaxel.
    • Mecanismo de ação: inibidor da mitose, agredindo os microtubulos das células
    • O Paclitaxel é administrado endovenoso e pode ser feito semanal ou a cada 3 semanas
    • Nomes comerciais mais comuns: Taxol®, Ontax®

    Indicações de uso:

    • Doxorrubicina:  é usada no tratamento do câncer de mama, bexiga, endométrio, sarcoma de Ewing, osteosarcoma, linfomas.
    • Ciclofosfamida: é usada no tratamento do cânce de mama, leucemias agudas e crônicas, anemia auto-imune, Linfomas.
    • Paclitaxel: é usada no tratamento do câncer de mama, bexiga, colo de útero, ovário, pulmão, esôfago, estômago, sarcomas e timoma.

    Efeitos colaterais mais frequentes no curto e no longo prazo.

    Doxorrubicina e Ciclofosfamida:

    • agudas: alopecia (queda de cabelo) – geralmente ocorre após 15 a 20 dias da 1ª aplicação; náuseas e vômitos ; mucosite (aftas), neutropenia (imunidade baixa)
    • crônicas: toxicidade cardiovascular, como Insuficiência cardíaca congestiva, leucemia (rara), infertilidade

    Paclitaxel:

    • agudas: alopecia (queda de cabelo); náuseas; diarreia; reação de hipersensibilidade durante a aplicação; dor nas articulações e dor muscular; neuropatia (alteração de sensibilidade na ponta dos dedos das mãos ou pés).
    • crônica: neuropatia periférica

    Conclusão:
    O esquema AC-T é um importante aliado no tratamento no câncer de mama inicial, pois aumenta de maneira efetiva as chances de cura da doença. As drogas que compõem o seu nome, Doxorrubicina, Ciclofosfamida e Paclitaxel, são muito ativas no combate às células do câncer. Pode ser recebido tanto antes quanto após a cirurgia da mama. Geralmente apresenta uma série de efeitos colaterais, mas que são possíveis de controlar e prevenir quando o tratamento é realizado por um oncologista experiente.


    Dra. Gisah Guilgen – CRM 23868 PR
    Oncologista clínica pelo ICTr – Instituto de Câncer e Transplante de Curitiba , Preceptora de residência clínica pelo HNSG, Membro da Sociedade Européia de Oncologia Clínica – ESMO, Membro do GEBECAM – Grupo Brasileiro de Câncer de Mama.

    Portal Câncer de Mama Brasil

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