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    Estudos recentes sobre os fatores ambientais e culturais para o desenvolvimento do câncer de mama demonstram que estes estão presentes em apenas uma pequena fração dos casos.
    Em apenas 10% dos casos existe a presença de mutações genéticas hereditárias associadas ao câncer de mama. Fatores associados ao estilo de vida, como sedentarismo, obesidade, início precoce da menstruação, menopausa tardia, diminuição do número de filhos e uso prolongado de terapia hormonal da menopausa estão relacionados diretamente à doença, no entanto são incapazes de sozinhos explicarem o aumento crescente da incidência.
    Há evidências crescentes de que exposições a uma série de produtos químicos, toxinas e radiações ionizantes associam-se a um maior risco de desenvolvimento de câncer de mama.
    Como exemplo principal, cita-se o estrogênio, que é um hormônio intimamente ligado ao desenvolvimento do câncer de mama. Os “xenoestrogênios” são produtos químicos sintéticos presentes em herbicidas, pesticidas, aditivos plásticos, além de diversos outros produtos presentes diariamente em nossas vidas, como embalagens de alimentos, produtos médicos, eletrodomésticos, carros, brinquedos, cartões de crédito e roupas de chuva. Esses produtos atuam como estrogênio no corpo humano e cada vez mais têm sido pesquisados em relação à associação ao câncer de mama.
    Fatos básicos sobre o meio ambiente e câncer de mama
    Setenta por cento das pessoas com câncer de mama não apresentam nenhum dos fatores de risco conhecidos.
    Os países não industrializados têm menores taxas de câncer de mama do que os industrializados.  As pessoas que se mudam para países industrializados de países com taxas baixas desenvolvem as mesmas taxas de câncer de mama do país industrializado.
    Fatores de vida e ambiente modificáveis
    Existem alguns fatores que ocorrem no dia a dia que são associados a um maior risco de desenvolver câncer de mama e que a própria mulher poderia modificar, em uma espécie de prevenção. Seguem alguns exemplos:
    – Uso prolongado (mais de cinco anos) de terapia hormonal da menopausa;
     – Obesidade
    – Consumo regular de álcool
    – Sedentarismo
    Nesse contexto, os médicos recomendam que as pacientes tenham uma dieta saudável, controlem o peso, façam atividade física regular, diminuam o consumo de álcool e não utilizem terapia hormonal de menopausa por tempo maior que 5 anos e avaliação conjunta de um mastologista.
    É importante frisar que mesmo tendo todos esses cuidados o câncer de mama é uma doença multifatorial e ainda assim pode ocorrer. Isso quer dizer que, além das medidas comportamentais preventivas, as mulheres precisam realizar a mamografia anualmente a partir dos 40 anos, estar atentas aos sintomas iniciais do câncer de mama e, em caso de dúvidas, consultar seu mastologista.
    Autores:
    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
    Dr. Felipe Zerwes • Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
    Dr. Guilherme Novita • São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
    Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho • Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748
    Dr. João Henrique Penna Reis • Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791

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