De uma forma geral, o cenário mais utilizado para fazer o tratamento com medicações antes da cirurgia é quando o tumor está num estágio mais avançado e apresenta um volume maior, o que dificulta a abordagem cirúrgica inicial. Inicialmente o tamanho que se indicava essa estratégia seriam tumores superiores a 3, 4, 5 cm ou maiores. Atualmente esse parâmetro mudou e mesmo tumores menores que 2 cm podem ser tratados assim. A utilização da medicação pode reduzir o volume do tumor e permitir uma cirurgia mais tranquila ou transformar uma situação em que a cirurgia não é possível em uma situação operável. Essa antecipação da medicação em relação à cirurgia é denominada terapia neoadjuvante.
Com o passar do tempo, a utilização da terapia neoadjuvante foi ampliando suas indicações. Hoje, é possível dizer que, sempre que for definido pelos critérios do tipo de tumor e estadiamento da doença que o tratamento com medicamentos será necessário, a possibilidade de fazer uso desses medicamentos antes da cirurgia será considerada.
Essa estratégia é benéfica porque, além da redução do tumor e a facilitação da cirurgia, o mesmo processo pode acontecer com as células tumorais nos gânglios axilares, convertendo uma axila positiva em negativa e evitando a necessidade da cirurgia de esvaziamento axilar.
Outro benefício é a comprovação de resposta do tumor ao tipo de medicamento escolhido. Isso demonstra que o tratamento para aquele tumor específico é eficaz e, a depender da quantidade da resposta, pode ser um indicador de bom prognóstico quando essa resposta é completa.
Autores:
- Dr. João Henrique Penna Reis > Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791
- Dr. Eduardo Millen > Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
- Dr. Felipe Zerwes > Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
- Dr. Francisco Pimentel Cavalcante > Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
- Dr. Guilherme Novita > São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
- Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho > Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748