Skip to main content
search

    Meu nome é Adriana, nasci e cresci em Curitiba, sou casada, 2 filhos, mãe e duas irmãs, tenho uma profissão que amo , sou engenheira civil , mãe do Victor Henrique (23 anos) e da Manuela (11 anos), esposa do Marcio ( 24 anos casados), amo viver e estar entre a família e amigos. Tive câncer tipo triplo negativo, tenho histórico familiar de câncer lado materno, avô, avó, tio, primas, mãe, fiz exame genético BRCA e deu negativo, quando fui diagnosticada minha irmã e minha mãe fizeram o teste genético e pra elas deu positivo, dei um nó na cabeça dos geneticistas, ainda estou sendo estudada, geneticamente falando.

    Período sabático

    O que fiz enquanto isso… Esse foi um tempo pra fazer coisas que gosto, evoluir espiritualmente, ficar perto das pessoas que amo, ter coragem e fé , sabendo que tudo nesta vida passa as coisas boas e as ruins também, aceitar, descansar e confiar em Deus.

    Era 2018 , tinha 43 anos, estava feliz com meu trabalho, minha vida pessoal e profissional, mas depois de duas gravidez tinha vontade de fazer cirurgia abdominoplastia, estava há pelo menos 8 anos tomando coragem, resolvi fazer e aproveitei para colocar prótese nos seios, me sentia bem e estava feliz com minha decisão, fazendo as drenagens após a cirurgia, percebi uma bolinha tipo caroço de azeitona, palpável e bem duro na mama esquerda, fui ao médico, achava que era fibrose da cirurgia, normal em pós operatórios, fui fazer os exames de punção e imagens. , naquele ano tinha entrado em uma especialização e era a aula inaugural, conversei com colegas, me sentia bem e bonita com o resultado da cirurgia, foi que recebi um telefonema do laboratório, me avisando que meu exame estava pronto.

    Assim que recebi, não resisti, abri o envelope, e deu negativo para câncer, liguei pra família avisei que estava tudo bem, ao desligar o telefone percebi um outro envelope no banco do carro, era da mama esquerda, e o resultado era positivo para câncer de mama, o chão abriu, chorei, pensei nos meus filhos, principalmente na minha pequena que na época tinha 8 anos, liguei para meu médico, ele pediu que eu fosse lá imediatamente, encontrei com meu marido e fomos na consulta ouvir o que eu não queria ouvir: Infelizmente Adriana, seus exames confirmam seu diagnóstico de câncer na mama esquerda, está no quadrante superior, 3 mm, tipo……daqui em diante não ouvi mais nada do que o médico falava, minha cabeça estava em choque…lembrei do que minha mãe havia passado há dez anos atrás, comecei a ter pensamentos estranhos, fazer planos malucos, não conseguia entender como isso foi acontecer,” justo comigo”, será que não me cuidei, é porque mereço isto de certa forma, será…, será que…pois é assim que a gente faz, tem mania de sentir pena e ao mesmo tempo nos sabotando com uma culpa que não existe!!! Cuidado com isso garota!!! Não, vc não mereceu, pode acontecer com qualquer pessoa, de qualquer idade, cor, raça gênero!

    Começou a minha luta, como um último suspiro, fiz exame mamaprint porque queria escapar da quimioterapia, não foi possível, pois estava no grupo de alto risco, fiz quimioterapia 4 vermelhas e 12 brancas e radioterapia 25 sessões, perdi meu cabelo, fiquei inchada, sem ânimo, fraca, enjoada e todo o pacote, mas assim que passavam os sintomas tentava me levantar , cuidar de mim, fazer coisas que me davam prazer, vasinhos, álbuns de fotos, porta-retratos, cafés da tarde, li muito sobre o tema, sou curiosa, e sempre fiz muitas perguntas aos médicos, tentava entender o que eu precisava fazer para ajudar os médicos a me ajudarem, rezei muito, chorei muito, pensei que fosse morrer…

    Encontrei mulheres com histórias de câncer de mama quando entrei na associação amigas da mama, fiz amizades, vi que o mundo tem muita gente boa e disposta a ajudar, acompanhei alguns trabalhos com as meninas e me propus a participar voluntários dentro das minhas limitações, essa troca de experiencias de vida me fez muito bem!

    Eu não me sentia sozinha!

    Tive episódios de crises depressivas, procurei tratar a minha mente com médicos e psicólogos especializados, que me ajudaram a manter a minha mente sadia e meus pensamentos bons, passei a encarar como uma fase que ia passar, e passou….

    Como recomendação médica, para recuperar a força física e manter uma atividade física após o tratamento, iniciei aula de dança do ventre, logo após o meu tratamento, a dança teve papel fundamental na minha cura, conheci mulheres com histórias de superação e que também fizeram da dança seu jardim secreto, sua cura.

    Hoje, após 2 anos, me sinto curada, quando olho o que passei vejo uma guerreira na maioria do tempo, sim porque tem momentos que só baixamos a cabeça e deixamos a tempestade passar, me sinto mais forte, mais sensível e com muita sede de vida! Vivi um tempo de aprendizado, de amor, de gratidão, fui acolhida, senti o amor das pessoas que eu amava, senti a força de Deus dentro de mim!

    Por isso, se você está passando por algo parecido, respeite cada momento, mantenha a calma, viva um dia após o outro, faça tudo o que os médicos recomendarem, eles são os anjos de Deus para cuidar de nós, aceite toda ajuda de amigos e familiares, acredite, faça a tua parte , cuida da sua saúde, física, mental, emocional e espiritual, e lembre-se vai passar… tenha fé e fique firme! Lute como uma garota!

    Adriana Verchai de Lima Lobo

    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
    Dr. Felipe Zerwes • Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
    Dr. Guilherme Novita • São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
    Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho • Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748
    Dr. João Henrique Penna Reis • Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791

    Close Menu