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    Alguns tratamentos utilizados para combater o câncer de mama podem levar a perda de massa óssea. Soma-se a isso o fato de que as mulheres após os 50 anos têm o dobro de chance dos homens de desenvolver osteoporose. Por isso é importante entender os riscos e as alternativas de prevenção de perda de massa óssea, especialmente nas mulheres na pós-menopausa.

    Massa Óssea

    Os ossos necessitam de cálcio, vitamina D e atividade física para manterem-se saudáveis. A partir dos 30 anos, nossos corpos começam a perder massa óssea de uma maneira mais acelerada do que conseguem formar, e esta perda de massa óssea é um processo natural, que é mais relevante na população feminina.

    Densidade óssea é o termo usado para mensurar a saúde óssea. Existem dois termos utilizados para definir baixa densidade óssea:

    Osteopenia: não é uma doença. Significa que a densidade está abaixo do normal e há um maior risco de desenvolver osteoporose no futuro. O risco de fratura óssea é aumentado, principalmente na pós-menopausa.

    Osteoporose: é uma doença. Significa que a densidade óssea está tão baixa que os ossos podem fraturar com maior facilidade.

    O exame mais utilizado para mensuração de massa óssea é a Densitometria Óssea de coluna e fêmur. O resultado mais avaliado é o T-score, que é a diferença entre a densidade óssea de quem está sendo testado e a densidade óssea média de uma mulher jovem e saudável. Um escore entre -1 e -2.5 é classificado como osteopenia. Escore abaixo de -2.5 é osteoporose.

    Perdendo massa óssea

    Quando a mulher está na menopausa seus níveis do hormônio estrogênio e outros hormônios diminuem. O estrogênio ajuda a manter a densidade óssea e sua diminuição acarreta perda de massa.

    Além da menopausa existem outros fatores de risco que podem acelerar a perda de massa óssea: alcoolismo, tabagismo, baixo peso, história familiar de osteoporose ou fraturas prévias, osteopenia, sedentarismo, baixa ingesta de vitamina D ou cálcio, artrite, esclerose múltipla, doenças pulmonares crônicas, hipertireoidismo, doença de Cushing.

    Tratamento do câncer e massa óssea

    A quimioterapia pode ter um efeito nocivo direto sobre a massa óssea. Normalmente seu efeito danoso ocorre pela antecipação da menopausa, que pode ocorrer em algumas pacientes.

    Os inibidores da aromatase (anastrazol, letrozol, exemestane) são drogas muito utilizadas por mulheres na pós-menopausa com tumores com receptores hormonais positivos. Seu mecanismo de ação está ligado à diminuição da formação do estrogênio, acarretando, portanto, perda de massa óssea.

    Em algumas pacientes na pré-menopausa pode ser sugerida a supressão da função ovariana, seja através de cirurgia, radioterapia ou medicamentos, com intenção de melhorar o resultado do tratamento para o câncer de mama. Esta “parada abrupta” na produção do estrogênio é bastante nociva para a saúde óssea.

    Medidas de prevenção

    Algumas mudanças no estilo de vida podem ser muito benéficas para tentar preservar a saúde óssea:

    – Exercício: atividades físicas regulares, tais como musculação, caminhada, corrida, tênis, dança.

    – Abandonar o tabagismo.

    – Evitar ou diminuir ingestão de bebiba alcoólica.

    – Alimentação adequada para suprir necessidade de cálcio e Vitamina D diária. Mulheres acima de 50 anos devem ingerir 1200 mg de cálcio e 600 UI (unidades internacionais) de Vitamina D.

    Tratamento

    Existem medicações específicas utilizadas para prevenir ou tratar osteoporose. O médico deve avaliar qual a mais indicada para cada paciente. As mais utilizadas são os bisfosfonatos, o raloxifeno e o denosumab.

    Autores:
    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
    Dr. Felipe Zerwes • Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
    Dr. Guilherme Novita • São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
    Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho • Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748
    Dr. João Henrique Penna Reis • Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791

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