Algumas pessoas consideram erroneamente que o câncer de mama é uma doença exclusivamente feminina, mas vale lembrar que os homens também possuem glândula mamária e podem ter a doença.
Cerca de 1% dos novos casos de câncer de mama são diagnosticados em homens. Normalmente o quadro clínico mais frequente é o aparecimento de nódulo atrás da aréola, geralmente após os 50 ou 60 anos de idade.
Os principais fatores de risco para a doença masculina são história familiar de câncer de mama ou ovário, algumas síndromes genéticas (mutação de BRCA 1 ou 2) e Síndrome de Klinefelter. Todavia, mesmo um indivíduo com estes fatores continua tendo um risco pessoal bastante baixo de desenvolver o câncer de mama, pois a doença é bastante rara em homens (1 caso em cada 1.000 homens).
Mas, as famílias com história de câncer de mama masculino devem fazer avaliação genética, pois existe risco bastante elevado de mutações nestas pessoas.
Vale ressaltar que a maioria das alterações da mama masculina são problemas benignos, sendo a ginecomastia a mais frequente delas. Trata-se de aumento da mama unilateralmente ou bilateralmente, inicialmente dolorosa e com consistência amolecida. A ginecomastia geralmente aparece na puberdade ou andropausa e muitas vezes está relacionada a medicações com hormônios.
Já o câncer de mama masculina geralmente se apresenta como um nódulo endurecido e indolor na região retroareolar. Não existe indicação de rastreamento mamográfico em homens, pois o risco de doenças é muito menor que o risco de alarmes falsos, que poderiam causar danos desnecessários, tais como biópsias ou cirurgias.
Na presença de nódulo suspeito, indica-se exame de imagem (geralmente mamografia e ultrassonografia) e biópsia por agulha grossa.
O tratamento cirúrgico de escolha geralmente é a mastectomia, uma vez que a preservação estética da mama nem sempre é solicitada por estes pacientes. Porém, em situações excepcionais, cirurgias conservadoras da mama podem ser realizadas se este for o desejo do paciente.
Os critérios para indicação de quimioterapia, radioterapia e bloqueio hormonal seguem as mesmas diretrizes dos tumores femininos, avaliando-se o tamanho do tumor, número de linfonodos comprometidos e biologia tumoral.
De modo geral, o diagnóstico em homens ocorre na fase inicial e as chances de cura são bastante elevadas.
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