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    A fadiga relacionada ao câncer é definida como um sintoma persistente, com sensação de cansaço físico, emocional e cognitivo ou exaustão relacionada ao câncer e ao tratamento. Trata-se de um sintoma comum e tratável que interfere na qualidade de vida dos pacientes, assim como é considerado pelos pacientes como um dos sintomas mais estressantes que vivenciam desde do diagnóstico até o tratamento do câncer.

    Qual a frequência e as causas da fadiga relacionada ao câncer?

    De modo geral, de 50% a 90% dos pacientes submetidos à quimioterapia e radioterapia experimentam sensação de fadiga em algum momento do tratamento.

    Diversos mecanismos contribuem para seu desenvolvimento, como os efeitos do câncer e seu tratamento sobre o sistema nervoso central, metabolismo energético muscular, sono, mediadores de estresse, alterações hormonais e menopausa precoce induzida pelo tratamento.

    Doenças como hipotireoidismo, depressão e anemia devem ser sempre investigadas e tratadas, pois além de serem frequentes na população geral, podem iniciar e/ou acentuar os sintomas de fadiga em pacientes com câncer de mama.

    Como avaliar e diagnosticar a fadiga relacionada ao câncer?

    O diagnóstico é através da história, exame físico, laboratoriais, informações obtidas com familiares ou acompanhantes e questionários de avaliação. A forma mais simples é a escala análoga visual (EVA).

     Após a exclusão de causas mais comuns reversíveis ou tratáveis de fadiga, como hipotireoidismo, anemia, distúrbios do sono, dor, estresse emocional, climatério, efeitos adversos de medicações, insuficiência cardíaca e outras, o diagnóstico de fadiga relacionado ao câncer pode ser feito através da aplicação da Escala Análoga Visual ou outras.

    De acordo com estas escalas, a fadiga será classificada como Leve (1-3), moderada (4) e Grave (5).

    Como tratar a fadiga relacionada ao câncer?

    Para as fadigas relacionadas ao câncer, classificadas como leves (1-3) recomenda-se medidas não farmacológicas, como exercícios físicos, acupuntura, terapia do sono, aconselhamento individual do estresse e ansiedade e terapia cognitiva comportamental.

    Os exercícios físicos são essenciais para prevenção e tratamento da fadiga relacionada ao câncer. Estudos sobre exercícios físicos em pacientes que apresentam fadiga mostraram de forma consistente benefícios no combate à fadiga, melhora da qualidade de vida e da capacidade funcional, redução de estresse e melhora de diversos outros sintomas. Exercícios físicos regulares aumentam a capacidade funcional e, desta forma, reduzem o esforço necessário para suportar as atividades diárias.

    A acupuntura também demonstrou melhora dos sintomas em pacientes com fadiga relacionada ao câncer.

    Para as pacientes com fadiga Moderada (graus 4 e 5), é necessário, além das medidas descritas acima, tratamento farmacológico específico. O Extrato de Pó de Guaraná tem sido avaliado na melhora da fadiga relacionada ao câncer, na dose de 75 mg ao dia, com resultados promissores

    Exercícios físicos

    O exercício físico e medidas comportamentais devem ser estimulados em todas as pacientes como prevenção e apresenta melhora importante dos sintomas.

    Pacientes com sintomas de fadiga devem ser avaliadas e de acordo com a gravidade, iniciar as medidas comportamentais, exercícios, acupuntura e/ou tratamentos farmacológicos adequados.

    Autores:
    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
    Dr. Felipe Zerwes • Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
    Dr. Guilherme Novita • São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
    Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho • Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748
    Dr. João Henrique Penna Reis • Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791

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