A medula óssea é um tecido gelatinoso localizado dentro dos ossos longos e tem como uma das funções fabricar as células que constituem o sangue, dentre elas os glóbulos brancos (leucócitos). Um dos principais efeitos colaterais das quimioterapias citotóxicas é causar redução do número total dos neutrófilos, conhecido como neutropenia. Essa condição aumenta o risco de infecções graves e hospitalização.
A Filgrastima é uma medicação da classe dos fatores estimuladores de colônia de granulócitos (G-CSF). Atuam estimulando as células mais jovens da medula óssea a produzirem mais neutrófilos. Pode ser administrada via venosa ou subcutânea. Os principais nomes comerciais são: Filgrastim®, Filgrastine®, Granulokine®, Leucin®.
Indicações: pode ser utilizada para tratamento de neutropenia febril (acelera a recuperação da paciente e reduz tempo de hospitalização); como prevenção de neutropenia febril; após terapia de indução para transplante de medula óssea (reduzindo o tempo de neutropenia e possíveis infecções).
Efeitos colaterais mais frequentes: dores ósseas ou musculares, náuseas, cansaço, alterações nas plaquetas e enzimas hepáticas, febre e reações cutâneas.
Conclusão: A Filgrastima é uma medicação que revolucionou o tratamento oncológico reduzindo drasticamente a incidência de neutropenia febril durante tratamento com quimioterapia. Reduz o tempo de hospitalização das pacientes que desenvolveram neutropenia febril e em transplante de medula óssea. Pode ser aplicada via subcutânea ou venosa. Seus efeitos colaterais são leves, sendo os mais frequentes dores ósseas ou musculares nos primeiros dias de aplicação.
Autor:
Dr. Jorge Leal – CRM 19711/BA
Oncologista Clínico da CLION / Grupo CAM, Diretor Executivo do ICAM – Instituto de Pesquisa CAM, Ex-Post Doctoral Fellow Breast Immuno-Oncology Cedars-Sinai Medical Center Los Angeles, EUA.