BI-RADS™ é a abreviação em inglês de Sistema de Laudos e Registro de Dados de Imagem da Mama, que é resultado de um consenso de especialistas do ACR (Colégio Americano de Radiologia), que tem o principal objetivo padronizar os termos e as conclusões dos laudos de imagem da mama (mamografia, ultrassom e ressonância magnética), que já está na 5ª Edição.
A classificação vai de 0 até 6, onde 4 significa que existe uma alteração suspeita e que se não houver nenhuma contraindicação, uma biópsia da lesão deve ser realizada.
A probabilidade das lesões classificadas como Categoria 4 serem confirmadas após a biópsia de serem realmente malignas é bastante ampla, variando de 2% até 95%. Por isto foi proposto uma subdivisão, que não é obrigatória de ser utilizada, desta classificação em A, B e C. Sendo que 4A tem entre 2 e 10% de probabilidade de malignidade; 4B entre 10 e 50% e 4C tem entre 50 e 95%.
Quais são as alterações classificadas como BI-RADS 4?
Os principais achados de imagem da mama, obtidas através de mamografia, ultrassom e/ou ressonância magnética são: nódulos irregulares (não circunscritos) e as microcalcificações agrupadas. Como foi dito acima, o potencial de malignidade das alterações classificadas como BI-RADS 4 é bastante variável, mas como regra geral, quanto mais irregular é o nódulo e quanto maior e mais irregular for o foco de agrupamento de microcalcificações, maior a probabilidade de se tratar de câncer.
Outros aspectos também são levados em consideração para inferir maior ou menor grau de suspeita aos variados achados, sempre lembrando que existe uma variação interpessoal entre os examinadores, durante a interpretação das imagens, principalmente relacionada com a experiência dos profissionais envolvidos no diagnóstico.
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Texto escrito por:
Dr. Claudio Saliba de Avelar
Médico Radiologista do Instituto HPardini e do Instituto Orizonti – BH/MG
Mestre em patologia Investigativa pela Faculdade de Medicina da UFMG