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    Algumas medicações foram e são estudadas com o objetivo de prevenir o câncer de mama. Essa ideia é inicialmente utilizada com sucesso pelos cardiologistas ao empregar a aspirina (ácido acetil salicílico) para reduzir a coagulação sanguínea, a formação e trombos, prevenindo assim o infarto.

    Nas décadas de 80 e 90, estudos comprovaram que uma substância chamada Tamoxifeno tinha a capacidade de contribuir para o tratamento da maioria dos casos de câncer de mama, principalmente aqueles que eram receptores de estrogênio positivo. Esse medicamento passou a ser usado em larga escala.

    Um efeito secundário observado nos estudos foi que as pacientes tratadas com o Tamoxifeno tinham uma redução significativa no aparecimento de novos tumores na mama contralateral daquelas acometidas pelo câncer em comparação às mulheres que não tomavam o remédio e em relação ao que era observado historicamente.

    Assim, iniciaram-se estudos em mulheres que nunca tiveram o diagnóstico de câncer de mama, mas apresentavam fatores de risco para a doença. Esses estudos comprovaram que medicamentos como o Tamoxifeno, que bloqueiam a ação do estrogênio nas células mamárias impedindo seu estimulo à divisão celular que pode acarretar em mutações e o surgimento do câncer, tinham a capacidade de reduzir a incidência do câncer de mama.

    Outras drogas foram então pesquisadas, algumas análogas ao Tamoxifeno como o Raloxifeno e outras diferentes como os inibidores da Aromatase (Anastrosol, Examestano). Estes atuam por reduzir a produção hormonal de estrogênios nos tecidos periféricos (músculos e gordura) de mulheres na pós-menopausa.

    Todos esses medicamentos têm eficácia na prevenção do câncer de mama, porém reduzem apenas parcialmente o risco, de 30-45%. Além disso, apresentam efeitos colaterais importantes como câncer de endométrio e eventos tromboembólicos no caso do Tamoxifeno e dores articulares e redução da massa óssea no caso dos inibidores da Aromatase. Sendo assim, a estratégia de prevenção de câncer de mama com esses medicamentos tem seu uso muito restrito, com indicações precisas. A decisão de tomar deve se restringir a pacientes de alto risco e após longa conversa com seu mastologista, analisando riscos e benefícios inerentes ao seu caso em particular.

    Autores:
    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
    Dr. Felipe Zerwes • Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
    Dr. Guilherme Novita • São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
    Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho • Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748
    Dr. João Henrique Penna Reis • Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791

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