Radioterapia é importante estratégia para reduzir recidivas locais em mulheres submetidas a quadrante e em casos selecionados de mastectomia: não se discute o benefício deste tratamento para boa parte das mulheres com Câncer de mama, porém os efeitos colaterais ainda são frequentes mesmo com a melhora da tecnologia.
Tradicionalmente, os parâmetros utilizados para indicar radioterapia na mastectomia são aqueles relacionados a quantidade de doença ou a chamada “carga tumoral” (tamanho do tumor e linfonodos axilares acometidos), enquanto que na cirurgia conservadora (quadrante), irradiar é complemento frequente, independente da carga tumoral. Mais recentemente, o conhecimento da biologia tumoral demonstrou diferenças nas recidivas locais dependendo do subtipo do câncer de mama. Entretanto, com exceção de poucos casos selecionados (pacientes idosas), a omissão da radioterapia tem sido mínimo.
Hoje, no em San Antonio, foram apresentados dados e perspectivas futuras sobre utilização de assinaturas genômicas para tentar selecionar melhor e evitar radioterapia em alguns casos de pacientes com tumor invasivo. Dados antigos utilizando oncotype foram relembrados bem como possibilidades de novas ferramentas foram apresentadas (ARTIC, por exemplo).
É possível que no futuro, a genômica possa guiar decisões sobre irradiar ou não, como acontece atualmente com a decisão sobre fazer quimioterapia utilizando algumas assinaturas disponíveis (Oncotype, Mammaprint).
Autores:
- Dr. Francisco Pimentel Cavalcante > Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
- Dr. Eduardo Millen > Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
- Dr. Felipe Zerwes > Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
- Dr. Guilherme Novita > São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
- Dr. João Henrique Penna Reis > Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791
- Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho > Curitiba/PR – CRM-PR: 20.74