Skip to main content
search

    O que é o carcinoma apócrino invasivo de mama?
    O carcinoma apócrino invasivo de mama é um tipo raro de carcinoma, com cerca de 1% a 4% dos casos. Apresenta mais de 90% de células apócrinas. Geralmente não expressa receptores hormonais ou Her-2. O tratamento e as chances de cura são semelhantes ao carcinoma invasivo de tipo não especial.

    O carcinoma apócrino invasivo de mama possui mais de 90% de células apócrinas. A imunoistoquímica geralmente mostra positividade para receptor de androgênio e ausência de receptores de estrógeno e progesterona. A proteína Her-2 também não costuma ser expressa. O marcador imunoistoquímico GCDFP-15 normalmente está presente nestes carcinomas. As demais características são semelhantes aos carcinomas não especiais.

    Como detectar o carcinoma apócrino invasivo de mama?
    A apresentação clínica é bastante semelhante aos carcinomas não especiais. As imagens mamográficas mais frequentes são nódulos ou calcificações suspeitas. Outras alterações suspeitas são a assimetria focal ou a distorção arquitetural. O diagnóstico normalmente é obtido através de biópsias por agulha, de modo a confirmar a presença do tumor e planejar melhor o tratamento.

    Como tratar o carcinoma apócrino invasivo de mama?
    A cirurgia do carcinoma apócrino invasivo de mama consiste na retirada de todo o tumor, com margens livres. Nos casos com lesão pequena (ou com boa proporção entre o tumor e a mama) a cirurgia preferencial é a quadrantectomia (cirurgia conservadora da mama). Afinal, este tratamento tem a mesma eficiência da mastectomia, porém menor dano físico e psicológico.

    A mastectomia deve ser reservada para lesões extensas ou múltiplas (tumor multicêntrico). Em algumas situações de tumor grande, pode ser feito uso de medicações para diminuir o câncer e permitir a cirurgia conservadora de mama. Nos casos que a mastectomia é obrigatória, muitas vezes é possível preservar a pele e a papila mamária (mamilo), facilitando a reconstrução da mama.

    Além da cirurgia mamária é necessária a avaliação dos linfonodos (gânglios) da axila. Normalmente, apenas a biópsia do linfonodo sentinela (primeiro linfonodo a receber a drenagem da mama) é suficiente. Porém, alguns casos necessitam de retirada de todos os linfonodos da axila (linfadenectomia ou esvaziamento axilar).

    A reconstrução mamária após a mastectomia pode ser realizada na maioria dos casos, sem prejuízo a cura. A maior parte das reconstruções é feita com expansores de tecido ou próteses de silicone. Algumas pacientes precisam de transposição de pele de outros locais do corpo, geralmente abdome ou região dorsal.

    O conceito de tratamento complementar após a cirurgia (ou adjuvante) com quimioterapia, bloqueadores hormonais e radioterapia nem sempre é claro para as pacientes. Afinal, para que terapias tóxicas se todo o tumor foi retirado na cirurgia?

    Na verdade, além do tumor que é visto na mama, podem existir outros focos microscópicos que podem permanecer mesmo após a cirurgia. Também existem células tumorais circulando no organismo. A radioterapia e o tratamento medicamentoso (quimioterapia, bloqueio hormonal ou terapia anti-Her-2) ajudam a eliminar estes focos e melhoram o controle da doença e as chances de cura.

    Resumidamente, pode ser dito que a radioterapia é feita após todos casos de quadrantectomia e raramente após a mastectomia. O bloqueio hormonal (ou hormonioterapia) é feito sempre que o tumor expressa receptores hormonais de estrógeno ou progesterona e a terapia anti-Her-2 na maioria dos casos com expressão desta proteína.

    O tratamento com quimioterapia tem indicações semelhantes ao carcinoma invasivo de tipo não especial. Em geral é reservado para os tumores maiores e mais agressivas.

    As pessoas com carcinoma apócrino invasivo de mama que recebem tratamento adequado têm sobrevida semelhante (ou pouco superior) às mulheres com carcinoma invasivo de tipo não especial (> 95%).

    Portal Câncer de Mama Brasil

    Dr. Eduardo Millen • Rio de Janeiro/RJ – CRM-RJ: 5263960-5
    Dr. Felipe Zerwes • Porto Alegre/RS – CRM-RS: 19.262
    Dr. Francisco Pimentel Cavalcante • Fortaleza/CE – CRM-CE: 7.765
    Dr. Guilherme Novita • São Paulo/SP – CRM-SP: 97.408
    Dr. Hélio Rubens de Oliveira Filho • Curitiba/PR – CRM-PR: 20.748
    Dr. João Henrique Penna Reis • Belo Horizonte/MG – CRM-MG: 24.791

    Close Menu